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Benefícios de contratar idosos vão além da experiência



A contratação de idosos em empresas oferece benefícios tangíveis, que vão além da presença de profissionais com mais bagagem pessoal e corporativa


Isso tornará insustentável o hábito da maioria das empresas de não contratar funcionários mais velhos.


Existem estudos em todo o mundo que discorrem sobre como trabalhadores acima dos 60 anos são tão ou mais produtivos que pessoas abaixo dessa aixa etária, além de trazerem consigo experiência de vida que muitas vezes ajudam em algumas situações. Por isso, se sua empresa ainda usa a idade como critério de exclusão, talvez seja hora de repensar essa atitude.



Trabalhadores idosos não têm declínio de habilidades, mas podem ter mudanças

Segundo artigo do World Economic Forum sobre a produtividade de funcionários idosos, as competências e habilidades dos trabalhadores mais velhos não estão tanto em declínio quanto estão em transformação.

É claro que a força física tende a diminuir com a idade, mas algumas habilidades são mantidas contanto que as usemos regularmente. A força de preensão é um excelente exemplo: para a população em geral, atinge o pico aos 35 anos e depois diminui rapidamente. Mas uma pesquisa encomendada pelo Banco Mundial mostrou, no entanto, que para trabalhadores de linhas de montagem essa habilidade permanece constante até os 65 anos.

Além disso, ainda segundo o artigo, nosso cérebro é capaz de compensar o declínio de algumas capacidades com o aumento de outras. Enquanto algumas funções cognitivas básicas e de nível superior – como a velocidade de processamento de informações e memória episódica, podem diminuir com a idade, outras funções – como a memória semântica, linguagem e fala apenas melhoram a idade.


Experiência: algo que não pode ser subestimado para contratar um trabalhador da terceira idade

De acordo com outro estudo, que discorre sobre o envelhecimento do cérebro e as transformações cognitivas publicado no livro “Cognitive Neuroscience of Aging: Linking Cognitive and Cerebral Aging” (Neurociência Cognitiva do Envelhecimento: Ligando o Envelhecimento Cognitivo e Cerebral em tradução livre), publicado pela Oxford University Press, pessoas mais velhas conseguem usar seus cérebros de maneira diferente. Uma hipótese é de que as pessoas mais velhas – com um conjunto maior de conhecimento – confiam mais em sua experiência ao processar novas informações. Em vez de considerar todas as novas informações ao tomar uma decisão, podem ir além de experiências passadas, descartando algumas informações novas, mas trabalhando de forma mais eficiente com as informações que possuem e, em última análise, se saindo tão bem quanto pessoas mais jovens com cérebros mais potentes, em tese.

É como se jovens conseguissem, sim, correr mais rapidamente, mas os mais velhos conhecem os atalhos.


Trabalhadores mais velhos não são menos produtivos

Uma pesquisa conduzida a cada dois anos, em 27 países da Europa e em Israel, mostrou que trabalhadores mais velhos não são menos produtivos que os mais jovens.

Funcionários mais velhos, aliás, podem ter habilidades sociais mais desenvolvidas, o que os torna ferramentas poderosas para gestores que prezam pela boa comunicação e vêem no relacionamento interpessoal uma maneira de fidelizar colaboradores.


Abrir mão de mão-de-obra acima dos 60 anos é perder dinheiro

Infelizmente, o preconceito contra trabalhadores acima dos 50 anos é um impedimento real. Uma pesquisa realizada no estado de São Paulo aponta que 67% das pessoas com mais de 50 anos que perderam emprego na pandemia veem idade como barreira.

Outro levantamento feito por uma consultoria de RH mostrou que mais de 50% de trabalhadores com esse perfil perderam emprego desde março de 2020.

Abrir mão de funcionários com mais idade – experientes na área ou não, é, na verdade, pode ser uma maneira de frear ganhos e pisar no breque do crescimento da empresa.

A BMW, por exemplo, aumentou a produtividade de uma linha de montagem com funcionários mais velhos em 7% num período de três meses ao adotar medidas como o fornecimento de pisos almofadados e bancadas de trabalho ajustáveis, segundo a startup WeAge.

Somos cada vez mais longevos e a tendência é uma expectativa de vida cada vez maior e com mais recursos para envelhecermos de maneira mais saudável e produtiva. Cabe às empresas aprender a lidar com as limitações físicas para poder ter a compensação das outras vantagens.



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